É preciso avançar
“É uma doença complexa que envolve fatores genéticos, ambientais, degeneração e inflamação e que tem muitos mecanismos, que se sustentam ao longo do tempo. Há vários íons e metais já estudados em relação à inflamação. O mais importante é o ferro, mas cobre e zinco também são analisados. O zinco foi alvo de estudos inclusive desde 2010. Houve pequenos estudos clínicos com lítio. O que essa pesquisa publicada na Nature traz é que havia uma redução de lítio no cérebro de ratos, que tinham declínio cognitivo — e que esse lítio era meio sequestrado pelas estruturas que estão anormais dentro da célula de pessoas com Alzheimer. A comunidade científica aprendeu com a doença, porque há vários estudos com outras drogas. São anos de estudos, não um apenas. O interessante é que talvez surjam drogas muito mais baratas do que as que há hoje em dia. Tratamentos que se consigam fazer suplementações ou outros estímulos, promovendo um silenciamento gênico em outras questões. Então, talvez ali, parte de que talvez essas doenças degenerativas complexas sejam tratadas com um coquetel. Quando você estuda suplementos mais leves, algo que eu acho que cabe nesse contexto para pensar que, na verdade, tem que lidar com uma doença complexa, com o tratamento. Mas também não será uma droga só que vai resolver tudo.”
Luiza Gonzaga Piovesana, médica neurologista e atua com idosos residentes na Terça da Serra, rede residencial senior
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